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Feminismos é Igualdade

20
Jul18

Lutas Feministas


umarmadeira

ARTIGO DE CONCEIÇÃO PEREIRA

800

Segundo li na Comunicação Social, mulheres inglesas marcharam em diversas cidades do seu país a 11/ 6/ 2018, celebrando o centésimo aniversário da conquista do direito ao voto feminino que aconteceu em 1918.

Durante anos, mulheres inglesas lutaram intensamente pelo direito ao voto, em igualdade com os homens. Foi a luta das sufragistas. Estas mulheres levaram pancada da polícia, foram encarceradas e maltratadas pelo poder e até alguns maridos as expulsaram da casa. Mas elas não recuaram. Porquê? Porque queriam ter mais poder perante o Estado e a sociedade e conquistarem direitos, como o poder sobre os filhos, que lhes era negado. E por fim conseguiram o direito ao voto e só depois o direito sobre os filhos que elas davam à luz e só os pais homens decidiam da vida deles.

Estas mulheres, além das conquistas conseguidas, foram um exemplo para as outras nos outros países, como em Portugal, onde muitas mulheres republicanas se empenharam pelo direito ao voto, entre muitas outras reivindicações, mas foi muito difícil esta e outras conquistas. Só na sequência do 25 de Abril de 1974, todas as portuguesas e portugueses obtiveram o direito ao voto em toda a sua extensão.

Em Portugal, também há 100 anos, Maria Adelaide Coelho da Cunha, uma dama da alta sociedade lisboeta, deixou o palácio de São Vicente, onde vivia com o marido e um filho para viver em união de facto como Manuel Claro, um homem que tinha sido motorista da casa dos senhores de São Vicente. Trocou a opulência por uma vida simples ao lado do homem que amava. O marido, um senhor prepotente e muito considerado na sociedade, foi procurá-la e, com auxílio das autoridades, encarcerou-a numa casa de doentes mentais, onde ela se encontrou com um certo número de outras mulheres que lá estavam encarceradas por razões iguais ou parecidas com as dela. O Manuel Claro também esteve preso cerca de 4 anos, acusado de raptar Maria Adelaide. Sofreram muito, mas por fim puderam viver o seu amor durante cerca de 30 anos.

Todos os familiares de Maria Adelaide a condenaram, até o filho, que era a pessoa que ela mais amava. Grandes psiquiatras da época afirmaram que Maria Adelaide estava louca, era uma “louca lúcida”, porque tinha deixado um palácio e um marido rico e famoso para viver com um homem pobre.

Neste artigo, só me refiro em concreto a estes dois casos, que aconteceram há um século, mas muitas outras lutas foram travadas durante os últimos cem anos. A sociedade conservadora e machista esforça-se ao máximo para que não se altere nada na nossa vida quotidiana, porque cada vitória obtida é uma referência e arrasta consigo mudanças que os machistas temem.

Que as lutas das mulheres que nos precederam nos inspire e nos encoraje para fazer avançar a luta pelos nossos direitos. Como disse Confúcio “LEMBRA-TE QUE EXISTES PORQUE HOUVE OUTROS ANTES DE TI”.

 

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