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Feminismos é Igualdade

14
Dez21

Regulamento do I Concurso Literário Maria Conceição Pereira (NOVA DATA!)


umarmadeira

cartaz concurso literario 2022

I CONCURSO LITERÁRIO

MARIA CONCEIÇÃO PEREIRA

 

REGULAMENTO

 

O Concurso Literário Maria Conceição Pereira é promovido anualmente pela União de Mulheres Alternativa e Resposta, Núcleo Regional da Madeira, com o objetivo de revelar novos talentos no domínio da criação literária, promover a criatividade e a utilização da escrita na emancipação e empoderamento feminino. É, ainda, um tributo a Maria Conceição Pereira, uma das fundadoras da UMAR, falecida em 2020.

Maria Conceição Pereira nasceu em abril de 1936, na freguesia do Seixal, na Madeira. Durante a juventude teve que conciliar o trabalho com a sua enorme vontade de estudar. Conseguiu enfrentar as contrariedades e tornou-se ela própria regente escolar. Trabalhou na Câmara do Funchal e no âmbito dos organismos operários da Ação Católica envolveu-se na luta antifascista. Em 1972, decidiu ir para França onde trabalhou e estudou regressando à Madeira em 1975 com um diploma da Alliance Française. De empregada doméstica em França a professora no Funchal, a sua experiência de vida é um ensinamento. Mulher de luta, envolveu-se nas questões políticas e sociais durante o Verão Quente enquanto conquistou habilitação própria e a profissionalização. Sindicalista desde que começou a lecionar, Maria Conceição Pereira bateu-se sempre pelos direitos das mulheres. Como cofundadora, ajudou a criar, com Guida Vieira e Assunção Bacanhim o núcleo da UMAR Madeira em 1976, mantendo-se ativa durante décadas, mesmo em idade muito avançada.

Apaixonada pela escrita, utilizava as palavras para retratar muitas das lutas vividas e as suas experiências, dando destaque às histórias de mulheres que foi conhecendo ao longo da sua vida.

Para 2021-2022, a proposta é a escrita de textos, que abordem os “Direitos Humanos das Mulheres”, em prosa ou poesia, de ficção literária ou não ficção, que respeitem os princípios da associação.

Prevê-se a atribuição de 6 prémios monetários: 3 para trabalhos em prosa, e 3 para trabalhos em poesia.

 

Art.º 1

As concorrentes

Ao referido concurso poderão concorrer todas as mulheres, a partir dos 16 anos de idade, residentes na Região Autónoma da Madeira.

 

Art.º 2

Os trabalhos

Apenas serão considerados para efeito de concurso as obras que cumprirem as condições gerais a seguir indicadas:

  1. O tema é “Direitos Humanos das Mulheres”. A apresentação do tema fica ao critério e criatividade das participantes e os textos podem ser escritos em prosa ou poesia, com o género literário à escolha (ficção ou não ficção);
  2. As obras devem ter um mínimo de 3 (três) e um máximo de 10 (dez) páginas em qualquer das modalidades;
  3. As obras concorrentes devem ser inéditas.
  4. As obras têm de ser escritas em Língua Portuguesa. O Acordo Ortográfico fica ao critério da participante;
  5. Os textos devem ser em formato A4, escritos com o tipo de letra “Times New Roman”, tamanho 12, espaçamento 1,5 e páginas numeradas;
  6. As obras devem apresentar uma folha de rosto (folha em branco) contendo, apenas, o título, a modalidade (Prosa ou Poesia) e pseudónimo da participante;
  7. Cada concorrente só pode apresentar um trabalho.

 

Art.º 3

A candidatura

As obras deverão ser enviadas até ao dia 18 de abril de 2022, para o e-mail umarmadeira@gmail.com, obedecendo aos seguintes critérios:

  1. No assunto do e-mail: “Concurso Literário Maria Conceição Pereira_Título da obra”;
  2. Em anexo: documento Word ou PDF da obra (este deve ser nomeado apenas com o título da obra) e documento Word ou PDF (este deve ser nomeado com o título da obra e pseudónimo) contendo as seguintes informações:

- Pseudónimo;

- Título da obra;

- Nome completo;

- Morada;

- Data de nascimento;

- Contacto telefónico;

- E-mail.

Em alternativa, os trabalhos poderão ser entregues pessoalmente, na sede da Associação (Avenida Calouste Gulbenkian, Edifício 2000, 9º andar), devendo ser feito o agendamento através do contacto 93 0418256. Para o efeito, os trabalhos devem ser entregues da seguinte forma:

- Um envelope A4 contendo, no seu interior, 3 cópias da obra, agrafadas, e outro envelope menor e fechado, com os dados pessoais anteriormente descritos. O envelope A4 deverá ter, no seu exterior, apenas o título da obra e pseudónimo da participante.

 

Art.º 4

O júri

A apreciação das obras a concurso é efetuada por um júri constituído por elementos do secretariado e personalidades convidadas pela associação.

O júri decide por maioria e poderá não atribuir prémios se não se verificar a qualidade desejada.

Das decisões do júri não há recurso.

 

Art.º 5

Atribuição de Prémio

O critério de atribuição de prémios privilegiará, genericamente, a qualidade literária, a criatividade e a imaginação, sendo que os textos devem abordar claramente o tema do concurso.

As obras premiadas ficarão na posse da UMAR Madeira.

 

Art.º 6

Os prémios

Serão atribuídos os seguintes prémios:

  1. a) 1º Prémio Prosa: 250 euros.
  2. b) 2º Prémio Prosa: 150 euros.
  3. c) 3º Prémio Prosa: 100 euros.
  4. d) 1º Prémio Poesia: 250 euros.
  5. e) 2º Prémio Poesia: 150 euros.
  6. f) 3º Prémio Poesia: 100 euros.

 

Art.º 7

Os resultados

O anúncio dos resultados será feito em sessão pública, em data a decidir. Todas as participantes serão informadas via e-mail ou telefone.

 

Quaisquer casos omissos no presente Regulamento são resolvidos pela União de Mulheres Alternativa e Resposta, Núcleo Regional da Madeira.

06
Dez21

Um Longo Caminho


umarmadeira

ARTIGO DE CARINA DE CÁSSIA JASMINS

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A humanidade tem percorrido um enorme caminho, desde os primórdios das sociedades, na sua conceção mais rudimentar, a força física sempre teve uma grande importância para a sobrevivência da nossa espécie. O sexo masculino manteve, assim, quase sempre ao longo da história, o poder, salvo algumas exceções em sociedades onde o poder feminino era reconhecido.

A sede de poder manteve-se ao longo dos tempos, com guerras, batalhas, conflitos onde sempre dominou a luta pelo poder, a força masculina e o patriarcado. As mulheres pouco tinham a dizer e o seu valor era pouco ou mesmo nenhum, apenas serviam para a vida doméstica e para cuidar dos filhos. Não interessava a sua opinião, nem as suas ideias, viviam uma vida sem horizontes, em que os seus sonhos eram apenas fantasias, fechados nas gavetas da mente, onde sonhar com uma vida onde fossem senhoras do seu destino era impensável.

E assim permaneciam, amordaçadas e abafadas em vidas, muitas vezes, vazias de sonhos, de realização pessoal. Algumas arriscavam expressar em voz alta o que lhes ia na alma, mas quase sempre eram silenciadas. não interessava que ganhassem voz, o poder permanecia nas mãos de quem sempre o teve. Algumas mulheres mais abastadas, muitas vezes, tinham o privilégio de receber instrução e uma boa educação, mas sempre com o objetivo de entreter o marido e os convidados nos seus círculos de convívio e nunca para a sua própria realização.

Algumas dessas mulheres que conseguiam estudar e que lhes era permitido ter uma nova visão do mundo, muitas vezes manifestavam a sua insatisfação em relação à desigualdade, injustiça e indiferença a que o sexo feminino era votado.  Algumas delas, escreveram livros, revoltaram-se, falaram, mas o poder masculino não dava a mínima hipótese dessa insatisfação crescer e multiplicar-se na sociedade. Eram silenciadas, ameaçadas e, muitas vezes, morreram na defesa dos valores que achavam justos. Apenas desejavam uma sociedade igualitária, em que a voz das mulheres fosse ouvida e tida em conta, que tivessem um papel a desempenhar além do doméstico e que pudessem ser livres para sonhar e realizar os seus sonhos.

Muitas mudanças foram ocorrendo nas sociedades, mas o papel das mulheres mantinha-se quase inalterado ao longo dos tempos. Até mesmo durante o Iluminismo, com os ideais que inspiraram a revolução francesa e uma nova sociedade, as mulheres eram impedidas de manifestar as suas ideias por aqueles que supostamente traziam a mudança, como Rosseau, que via a mulher como frágil e submissa, devendo cingir-se apenas ao seu papel doméstico. As mulheres eram impedidas de integrar os grupos que se juntavam para discutir estas novas ideias, muitas delas formavam grupos apenas de mulheres para puderem falar e discutir sobre as novas ideias que surgiam. Uma das mulheres que pagou com a própria vida o facto de ter manifestado as suas ideias e desafiado o poder instituído da sociedade patriarcal foi Olympe de Gouges, que por lutar pela igualdade das mulheres, foi condenada à guilhotina.

Apenas com a Revolução Industrial e com a extrema desigualdade de condições entre homens e mulheres nos trabalhos exercidos nas fábricas, começou a surgir uma grande revolta que gerou uma força impulsionadora na luta pelos mesmos direitos. Muitas mulheres uniram-se nessa luta para que algumas mudanças pudessem ocorrer, o seu trabalho foi difícil, lutando contra um poder instituído durante séculos, foi uma luta muitas vezes inglória, mas graças à sua garra, coragem, persistência e resiliência foram conseguindo, aos poucos, pequenas mudanças e mais justiça na sociedade.

Ao longo da História, muitas mulheres deram a vida para que os direitos das mulheres existissem e fossem implementados, a elas agradecemos, nos dias de hoje, podermos ser livres de escolher o nosso caminho. Pelo menos na Europa já se pode considerar que existe uma maior igualdade, embora ainda seja necessário continuar a trabalhar para que seja fortalecida.

Infelizmente, em muitas partes do Mundo, os direitos das mulheres ainda são muito pouco respeitados e em alguns países estes quase não existem, é uma luta quase interminável, mas, embora demorada, um dia será uma realidade em muitos mais países.

Comemora-se amanhã, dia 25 de novembro, o dia para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Este dia lembra-nos do trabalho que ainda há a fazer na nossa região, no nosso País e no Mundo para que as mulheres possam ser respeitadas e ouvidas.

Infelizmente, ainda para muitos homens, o valor das mulheres é pouco ou nenhum, são maltratadas e, muitas vezes, mortas de maneira violenta e atroz. Que nunca seja esquecido o valor das mulheres, muitas vezes podem ter menos força física, mas têm muita força interior, aquela que vem do coração, são muitas vezes o alicerce da família, da sociedade e do mundo. Porque com a evolução da sociedade, não é a força física que vai construir um Mundo melhor, mas sim, cada vez mais, a força do Bem, da Justiça e da União entre todos e todas.

A luta não é a da supremacia das mulheres, mas sim a da Igualdade, caminhando para uma sociedade mais justa em que todas/os usufruam dos mesmos direitos, caminhando lado a lado.

Desejo que, no futuro, haja uma verdadeira união, que mulheres e homens trabalhem em conjunto por um Mundo Melhor, respeitando-se e olhando-se como iguais, dando as mãos. Nesse futuro distante que o meu coração prevê ser possível, a humanidade trabalhará como um todo, em conjunto, sem distinções, nem diferenças e cada um dará o melhor se si, colocará os seus talentos, dons e qualidades na transformação de si próprios e de todos, construindo um Mundo mais justo e mais feliz.

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09
Nov21

Que a mobilização pela dignidade vença a inércia e a indiferença!


umarmadeira

ARTIGO DE LUÍSA PAIXÃO

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«Vemos, ouvimos e lemos

Não podemos ignorar»

 

Sophia de Mello Breyner Andresen

 

 

Recordando Sophia, na semana do seu aniversário, permito-me pedir emprestadas as suas palavras.

O poema “Cantata da paz”, apesar de ter sido escrito e publicado numa época em que abundavam as ditaduras e o imperialismo europeu e americano ainda era “vendido” como inevitável num processo que calava a dor e o sangue derramado com a desculpa de um bem maior que, afinal, nada mais era do que a linguagem do terror, adequa-se, igualmente, à realidade do século XXI, representando quiçá o retrato que todos as forças políticas deveriam, mais do que analisar, vivenciar de perto, antes de se apresentarem aos eleitores, nas eleições que se avizinham.

Os relatórios da fome, de que nos fala Sophia, não podem continua a ser ignorados e urge denunciar a alta voz e em uníssono a vergonha que representam, para que não continuem a ser silenciados pelas jogadas de bastidores e por programas abstratos que ninguém lê.

Mas a população em geral, que vota e elege não está, igualmente, isenta de responsabilidades, pois ninguém tem o direito de substituir as suas responsabilidades cívicas pela sedução do discurso fácil e da passerelle onde desfilam as vaidades individuais e de grupo, nem pelas agendas voláteis, que se evaporam assim que as sondagens o exijam.

Em Portugal uma em cada cinco pessoas é considerada pobre, taxa que na Madeira é de um para cada três, dos quais um terço aufere salário. A partir destes resultados, podemos concluir que, no nosso país e na nossa região, trabalhamos para ser pobres, ou seja, o adjetivo pobre ganhou uma dimensão que, vergonhosamente, aproxima o Portugal do século XXI do Portugal do Estado Novo. Por outro lado, a própria condição de pobre, ganha uma hierarquia, entre os que trabalham ou recebem subsídio de desemprego e os que não têm qualquer tipo de rendimento.

Mas, a situação piora se estivermos a falar das mulheres, das crianças e das pessoas idosas a taxa de pobreza atinge percentagens ainda mais preocupantes, nomeadamente no caso das mulheres em que atinge 20%, situação que a epidemia veio agravar devido às desastrosas políticas sociais mal direcionadas.

Já no que diz respeito às crianças, herdeiros involuntários do Pecado Organizado de que nos falava Sophia, herdaram a pobreza financeira, mas também estão a herdar a pobreza da qualidade ambiental e da qualidade de vida, sendo estas duas últimas comuns a todas as crianças, independentemente do seu estatuto socioeconómico.

Mais uma vez, teremos a oportunidade de escolher o que queremos para o futuro do nosso país. Que a mobilização pela dignidade vença a inércia e a indiferença, porque cada vez que calamos a nossa indignação estamos a remeter para a invisibilidade social aquelas e aqueles que, pela extrema fragilidade em que sobrevivem, não têm voz.

Afinal, para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada. Mas será que quem nada faz merece esse nome?

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27
Set21

Votar: o verdadeiro superpoder do ser humano.


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ARTIGO DE VALENTINA SILVA FERREIRA

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Imagem retirada do Gabinete Alunos Engenharia Biomédica, UMinho

 

Ontem, aconteceram as Eleições Autárquicas no nosso país. Segundo os dados disponibilizados no site da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, quando 99,58% dos votos estavam já contados, a taxa de abstenção era de 46,3%, a segunda taxa de abstenção mais alta desde as primeiras eleições autárquicas, em 1976. E recuemos a esse ano. Foi a 25 de abril de 1976, que os portugueses e as portuguesas puderam votar para eleger, pela primeira vez, os seus representantes na Assembleia da República, o órgão legislativo nascido no recente regime democrático. O desconhecimento pela função do novo órgão legislativo e a iliteracia política poderão ter justificado esse valor. Precisamente um ano antes, essa participação terá sido esmagadora: 91,7% dos 6,2 milhões de eleitores/as recenseados/as elegeram os deputados que prepararam e aprovaram a nova Constituição. Foi o valor mais elevado de participação em eleições democráticas em Portugal. Como era preciosa a liberdade e a participação política! Recorde-se que, durante o Estado Novo, o voto estava limitado ao comum dos cidadãos, sendo que as restrições impediam o voto geral e universal, sem a ocorrência de eleições livres, justas e democráticas. Relativamente ao voto das mulheres, os obstáculos eram maiores e tornavam praticamente impossível a participação da mulher no ato eleitoral.

Ontem, no rescaldo dos resultados, falava-se na importância do voto obrigatório. Sem ter feito muita reflexão sobre o assunto, confesso, no imediato questiono se não será perigoso levar às urnas cidadãs/cidadãos pouco interessadas/os com a política e haver riscos de aumentos de participação eleitoral concentradas em propostas, partidos ou políticos/as populistas e extremistas. Parece-me mais sensato alargar, por exemplo, a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento ao Ensino Secundário, cujos/as jovens estão mais perto da idade de votar, e apostar na consciencialização para essa participação consciente e democrática. De momento, é, apenas, uma componente do currículo desenvolvida transversalmente com o contributo de todas as disciplinas e componentes de formação no ensino secundário, o que significa que, sem querer retirar nenhum mérito às professoras e professores das diferentes disciplinas, não haverá uma maior preocupação – e, sejamos justas/os, o tempo letivo é curto para tanto objetivo - no cumprimento do currículo das próprias disciplinas do que nos temas que a Cidadania e Desenvolvimento propõem? Enquanto disciplina autónoma nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, não faria sentido alargar e incluir projetos de educação de diferentes Associações relacionadas com os Direitos Humanos, como aliás, já acontece com o Projeto ART’THEMIS+, da UMAR? Estamos em algumas turmas de algumas escolas da RAM, mas somos poucas, e mesmo voluntariosas em muitos dos pedidos (que vai além das horas e ordenado previstos em contrato), não conseguimos chegar a todo o lado, infelizmente. O investimento nessa área não deveria ser maior? Associações que trabalham, através de Técnicas/as especializadas/os, profundamente e na prática, estas questões não deveriam ser mais valorizadas? Não deveriam ser incluídas no âmbito da Secretaria Regional de Educação? Eu iria, até, mais longe relativamente à disciplina de Cidadania e Desenvolvimento: esta não deveria ser incluída, enquanto cadeira, nas diferentes Licenciaturas?

Contornar um trabalho de educação e de prevenção para preferir uma “solução imediata” – e para chorar abstenções, por exemplo - dá, realmente, mais encargos (humanos, logísticos, financeiros…), mas não deveria essa mesma educação para a cidadania ser privilegiada? Ficam as reflexões. Votar é o verdadeiro superpoder do ser humanos, mas as pessoas também precisam ser educadas para isso.

Ontem, no Funchal, local onde a UMAR tem desenvolvido grande parte do seu trabalho, embora, mais uma vez, os nossos braços tentem chegar a outros concelhos, ganhou a coligação Funchal Sempre à Frente (PSD/CDS). Eu não poderia terminar este artigo sem deixar de agradecer ao Miguel Silva Gouveia e a todo o seu executivo pelo enorme trabalho realizado em prol das cidadãs e dos cidadãos funchalenses no último ano, sobretudo, e ao que à UMAR diz respeito, a possibilidade de existir uma sede de trabalho; a possibilidade de podermos concorrer ao Apoio ao Associativismo e, com isso, alargarmos o nosso âmbito de atuação; a possibilidade de termos uma Feira semanal que permite que algumas dezenas de mulheres, artesãs e sem outros rendimentos, vendam os seus produtos e tenham alguma independência económica; a possibilidade de criarmos parcerias entre o Município e as suas entidades, como é o caso dos Centros Comunitários, no desenvolvimento de ações concretas; a possibilidade de coorganizarmos o Madeira Pride, em conjunto com outras associações; entre outras.

Ao novo Executivo Camarário, deixo os parabéns e votos de bom trabalho e que possamos continuar, juntos/as, esta caminhada por uma sociedade mais justa, igualitária e responsável.

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30
Jun21

Migrações involuntárias ou a história da humanidade


umarmadeira

ARTIGO DE LUÍSA PAIXÃO

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A história das migrações é indissociável da história da humanidade e o seu percurso constitui um manancial de referências que ecoa naquilo que somos e na riqueza pessoal que todos os processos de aculturação foram trazendo para a nossa construção.

Quando começou a luta pela posse de um território através da demarcação de fronteiras? Sabemos que algures durante o processo de sedentarização ela começou a intensificar-se e que o que até ali fora um confronto entre concorrentes pela sobrevivência foi ganhando outros contornos e a ideia da “posse” foi-se instalando, século atrás de século, trazendo consigo o medo da perda dos bens conquistados. Estava lançada assim, irremediavelmente, a semente da discórdia.

A confusão entre o ser e o ter que esta situação provocou, atingiu os povos de tal modo que a velha Europa se arrogou, com a sabedoria que julgava ter, ao direito de possuir outros continentes e subordiná-los à sua vontade e aos seus dogmas, que séculos de luta e outras tantas conquistas não conseguiram apagar completamente.

E assim chegamos ao dia de hoje, em pleno século XXI, com a palavra diferença a provocar ainda muito sofrimento, quando aplicada a outros seres humanos, num momento da nossa história colectiva  em que os direitos universais da Liberdade, Igualdade e Fraternidade já fazem parte do nosso ADN e, por isso mesmo, nem esses nem outros direitos que desses advêm deviam ser colocados  em causa,

Não podemos mudar a história, é verdade, por isso, hoje temos de nos aceitar como produtos de uma construção milenar. No entanto, essa aceitação não se pode manifestar através de saudsaudosis de um tempo marcado pela conquista desenfreada e pelo imperialismo que destruiu outros seres humanos, retirando-lhes o direito à sua identidade. Aprendamos sim, com o passado, mas para não cometer as mesmas atrocidades, usando para isso todos os meios que hoje temos ao nosso dispor. Assim, talvez possamos, por fim, experimentar uma reconciliação com esse mesmo passado.

Aceitemos que toda a humanidade descende desses migrantes involuntários que um dia procuraram espaços onde se encaixar e talvez assim seja possível respeitar as pessoas que, agora, procuram um espaço onde possam exercer um dos direitos humanos, essa conquistas da modernidade de que nos devemos orgulhar e que temos o dever de defender - o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Todas as sociedades que encontraram no seu seio espaços para albergar as diferenças são sociedades mais felizes e equilibradas.

É urgente destruir as novas ideologias vestidas com as velhas roupagens, que procuram com falácias oportunistas destruir os ideais humanistas e traçar fronteiras não só no espaço mas também na sociedade, pois, quando se começam a implementar desigualdades, esse processo não termina num grupo, numa língua, numa ideologia, numa religião ou numa orientação social. Não pode haver a mínima cedência dos direitos conquistados, em vez disso é urgente inverter a marcha que nos ameaça e caminhar na defesa intransigente de uma sociedade onde o direito à felicidade seja universal e nunca mais nos envergonhemos da nossa condição humana.

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29
Jun21

Enquanto esfregas um olho, a liberdade vai-se!


umarmadeira

ARTIGO DE CLÁUDIO TELO PESTANA

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Não é segredo nenhum que a política faz já parte do meu percurso e dos meus interesses diários. A política, essa nobre causa, deveria ser praticada por via de uma dose generosa de bom senso e, igualmente, levada a cabo por homens e mulheres de bem, honrosos e capazes ao nível técnico e humano. Que reconheçam as limitações daquilo que governam e com o foco no único objetivo de fazer mais e melhor do que aquilo que outrora era o estado das coisas. Conheço algumas pessoas que congregam em si estas capacidades únicas e elas estão espalhadas, e divididas, da esquerda à direita. Lamento profundamente que assim os ideais nos dividam a todos quando juntos poderíamos fazer do mundo um lugar melhor e não, não falo de utopias, falo de possibilidades imensas de mudar o que nunca se conseguiu mudar, sem cores, sem divisões, sem partidos. Talvez seja por isso que reconheço cada vez menos legitimidade partidária num país cada vez mais dividido pelos partidos. Nem os consigo contar. São já uma panóplia considerável de coisa nenhuma com um propósito comum e transversal, preencher o sentimento de pertença!

Ah, muito mais aliviado agora que escrevi o que queria dizer. No entanto, com este acordo prévio introduzo o tema central deste meu artigo, e mísero contributo para a causa feminista, a Turquia retirou-se do tratado internacional de direitos humanos, em particular das mulheres e raparigas, mais conhecido por, pasmem-se, Convenção de Istambul. Dito de outra forma, a Turquia retirou-se de um tratado internacional que tinha o nome de uma das suas mais emblemáticas cidades. Erdogan, pessoa por quem não nutro nenhum tipo de simpatia fez questão de se retirar do tratado sem qualquer explicação o que causou ao novo Presidente americano, Joe Biden, alguma estranheza e tristeza. A retirada representa um tremendo golpe nos direitos universais das mulheres e as causas continuam, misteriosamente, inexplicáveis. Canso-me de dizer aos meus filhos, em especial à minha filha de apenas 14 anos, que nunca devemos dar por garantidas as nossas liberdades, sejam elas quais forem. Não se trata de um comportamento comunista mas de uma aceção de que vivemos uma realidade com algumas garantias muito frágeis onde a qualquer momento o mundo está ao contrário. De Erdogan não se pode esperar um contributo valoroso para a manutenção de direitos universais, mas pelo contrário, como esta retirada demonstrou. A qualquer momento um homem ou mulher de princípios pode ser corrompido, a qualquer hora um homem ou uma mulher com poder se reúne dos mais pérfidos assessores e pode encaminhar a sua governabilidade para o desastre, a qualquer minuto, uma ideia pode ser implantada maquiavélica é implantada na mente de quem governa. Resta-nos a obrigatoriedade da vigilância permanente.

Devemos todos, em plena consciência, ter o dever de não adormecer em liberdade!

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16
Jun21

Mural da História


umarmadeira

ARTIGO DE MADALENA SACRAMENTO NUNES

 

Hoje venho falar-vos de um livro maravilhoso que se chama “Mural da História”. Foi escrito pela Carolina Caldeira e ilustrado pela Raquel Marques. Faz parte de um projeto que vai envolver pelo menos um muro (daí o nome “mural”), que será intervencionado artisticamente com uma das histórias que fazem parte do livro. Podem pensar que o livro é para crianças. E é. Mas também pode ser lido por pessoas adultas, pois tudo o que ele contém nos ajuda a refletir sobre a importância que as mensagens das “inocentes” histórias infantis passam, bem como sobre o papel que esses contos tiveram e têm nos comportamentos das meninas, das raparigas e das mulheres ao longo de muitas gerações, levando-as a acreditar que para terem sucesso devem esperar passivamente por um príncipe encantado, vivendo para ele e por ele, esquecendo-se delas próprias.

No “Mural da História” podem então ler e pintar novas e divertidas versões de contos infantis bem conhecidos. Já ouviram falar da Rapunzel? Aquela rapariga com longos cabelos arranjados numa looooongaaaa trança, que vivia numa torre à espera de um príncipe que a salvasse? E a Gata Borralheira, conhecem? A Carochinha, aquela que ficava à janela à procura de alguém com quem casar? Lembra-vos alguma história? E que tal a Princesa da ervilha, aquela que era mesmo tão, mas tãããããooooo PRINCESA que sentia uma ervilha na cama, mesmo que por baixo de um monte de colchões?

Pois agora têm a oportunidade de conhecer todas estas personagens femininas, em versão século XXI!!! São meninas que sabem quem são e do que gostam, que lutam contra os seus medos e partem rumo à aventura, para concretizarem os seus sonhos. E de que maneira o fazem! E que atraente é esta leitura, com desenhos lindos prontos a serem coloridos, com textos divertidos, com morais da história empoderadores e com espaço no fim de cada conto para que cada leitora ou leitor escreva ou desenhe o que lhe vai na alma, quando lê estas aventuras e sonhos concretizados.

Os contos de fadas com princesas e príncipes reproduzem a ideia de que as mulheres devem ser submissas, passivas, doces, obedientes, resignadas e humildes. Se forem bonitas têm mais hipóteses de casar com um príncipe encantado que as cuidará e alimentará, garantindo a sua subsistência. Daí terem de viver para a aparência física, usando a máxima “sofrer para ser bela”.

Neste “Mural da História”, Carolina Caldeira e Raquel Marques ajudam-nos a desconstruir estes estereótipos, redefinindo os papéis das mulheres e permitindo uma visão crítica da sociedade e das suas regras, adaptando histórias mágicas e tradicionais à realidade atual, sem eliminar a magia e o sonho. Estamos perante personagens femininas que lidam com o seu contexto, com os seus medos e que lutam pelos seus sonhos, avançando com o que têm à sua volta e tirando o melhor partido da análise que fazem ao seu contexto. Elas têm voz e usam-na para se afirmarem.

Parece-me que se têm crianças podem ler com elas estas histórias, divertirem-se e ajudarem a quebrar o feitiço que, ao longo de séculos, transformou as mulheres em seres pouco inteligentes e pouco poderosos que só conseguiriam encontrar a felicidade através do casamento.

O livro foi editado pela CADMUS, com o apoio da Câmara Municipal do Funchal. Custa 10€. O projeto pode ser consultado aqui: https://www.projetomuraldahistoria.com. No fim do mês, podem ir ver o mural que a Carolina Caldeira e as crianças estão a desenhar na escola do Livramento, no Funchal.

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25
Mai21

Errar é humano…?


umarmadeira

ARTIGO DE FÁBIO DINIZ

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É uma frase vulgarmente empregada, para nos livrar dos males e das atrocidades aparentemente minúsculas que cometemos.

A nossa superioridade egocêntrica nos levou a um estado atual de calamidade intensa e constante… Por alguns continua sendo negada.

As consequências das intervenções humanas têm-se mostrado difíceis de lidar e gerir. Assim então, alguns de nós insistem que, falhar faz parte da nossa aprendizagem… E sim, reaprender, reeducar e reestruturar é necessário, apenas ressalto que, nos dias atuais alguns deles já poderiam ter sido evitados.

Nos últimos anos tanto destruímos e detonámos a nossa casa planetária, abusando estupidamente dos recursos que nos são disponibilizados. Como consequência da arrogância maquiavélica manifestada retiramos espécies dos seus habitats, maltratamos os solos e, ainda assim continuamos à espera de um resultado diferente. O desmatamento é repetidamente levado em consideração, sejam nos meios urbanos, bem como nos espaços naturais e dos quais deveriam ser preservados. É de nossa inteira responsabilidade cuidar, manter, preservar, olhar, contemplar e, sim respeitar a fauna e flora.

Ainda que estejamos atravessando a atual crise pandémica, na qual vítimas mortais somam números diariamente, continuamos com a nossa compaixão e o respeito congelados.

Além dos incontáveis óbitos, observemos o grande recado que o microrganismo atual nos traz. Será que ele nos está a dizer que é hora de mudar e rever os nossos valores e princípios? Seria um momento de refletir sobre paradigmas, ética e moral? Talvez seja isso e tantas outras mensagens que todo o hemisfério cósmico nos envia a cada minuto vivido.

Olhar para os seres vivos de outra forma… Como por exemplo, os animais? As florestas, as várias espécies vegetais? Seria mesmo racional e lógico destruir árvores, poluir e exterminar os oceanos?

Provavelmente é chegada hora de revermos os nossos conhecimentos que já não se adequam.

Como diz o Dalai Lama: “A destruição da natureza resulta da ignorância, cobiça e ausência de respeito para com os seres vivos do planeta.”

Há quem prefira negar toda esta conjuntura e, no final de tudo, mesmo sem respeitar as várias formas de vida, nos desculpamos com a frase… Errar é humano.

Sim, é muito mais fácil dizer que sou humano e posso errar… Espera lá! Quem nos disse e ensinou isso?

Ah, pois, fomos nós, humanos, pois somos tão soberanos que podemos falhar sem problema, sem responsabilidade, sendo inconsequentes.

Afinal… Errar é humano…?

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04
Mai21

A Pandemia dos Afetos: Luz e Sombra


umarmadeira

ARTIGO DE JOANA MARTINSiStock-1161961593-1

"Seis em cada dez portugueses passaram a valorizar mais os afetos com a pandemia." (Estudo Free Now)

 

A pandemia ainda não chegou ao seu fim, e continuamos num ciclo de vagas que sobem e descem ao sabor de números maiores e menores de casos de COVID-19. A cada nova vaga, mais estragos se fazem nas estruturas da sociedade que vão além das pessoas que são infetadas pelo vírus, e as que partem. Poderia falar dos estragos económicos, do encerramento de empresas, do desemprego, da pobreza, da incerteza no amanhã. Poderia falar no desgaste no sistema de saúde e de ensino, e das consequências da sua fraca valorização nas últimas décadas. Mas hoje, decidi abordar algo diferente.

Diz um estudo, realizado em oito países europeus, que os portugueses são os que mais passaram a valorizar agora as manifestações de afeto – abraços, beijos, etc. – do que antes da pandemia. O que dávamos por garantido, foi abalado num piscar de olhos, há pouco mais de um ano. Em nome da saúde e da segurança dos/as familiares e amigos/as, deixámos de conviver sem restrições, deixámos de visitar os/as nossos/as idosos/as, deixámos de trabalhar lado a lado com os/as nossos/as colegas, e todos os contactos presenciais tornaram-se cada vez mais raros e restritos.

Tentámos compensar a solidão e a carência afetiva com o contacto virtual. Salvou-nos (ou assim pensávamos) as videoconferências, as chamadas e as mensagens. Continuámos a trabalhar, através dum ecrã, muitas vezes sem fronteiras entre o pessoal e o profissional, entre o dia e a noite. Tudo se passou a fazer à distância dum clique. Mas o vazio, esse, continuou a crescer dentro de nós.

Fomos forçando a barra, muitas vezes lutando contra nós mesmos/as e contrariando aquilo em que sempre acreditámos, tentando surfar as ondas que surgiam, uma atrás da outra. Tal como surfistas frescos/as na competição, não sentimos o forte embate das primeiras ondas. Mas, à medida que o cansaço se foi instalando nos músculos e na mente, fomos perdendo o controle sobre a prancha, o equilíbrio, e acabamos desmoronando pouco a pouco, enrolados pelas ondas.

A princípio, não aceitámos que tal fosse possível. Afinal de contas, éramos “fortes e resilientes”. Só que, agora, fomos obrigados/as a estar mais connosco mesmos/as, a passar mais tempo dentro de casa, dentro de quatro paredes. E começou a emergir a Sombra, aquilo que passámos a vida toda a varrer para debaixo do tapete, aquilo que nunca quisemos conhecer e integrar.

A Sombra manifestou-se de forma diferente em cada pessoa. Revelou o que precisa ser curado, seja individualmente, seja enquanto Humanidade. Vieram à tona as intolerâncias para com as diferenças, a xenofobia e o racismo. A todo o custo, quisemos arranjar culpados/as para o que estava a acontecer, e descarregámos as nossas frustrações em quem estava mais próximo de nós, muitas vezes na forma de raiva – que nada mais é do que um reflexo do medo – e de comportamentos violentos. Procurámos subterfúgios para não querer trazer a Luz à Sombra.

E os meses foram passando. E a Sombra e a Luz foram dançando o seu tango, ora à luz do dia, ora ao luar. A dualidade tornou-se cada vez mais evidente e muitas pessoas também começaram a se tornar mais conscientes da necessidade duma mudança de paradigmas.

Só que a Sombra quer manter o status quo, o sistema tal como era antes da pandemia. A Sombra alimenta-se dos nossos medos, e alimenta o nosso Ego. E a Luz treme com o vento que agita as ondas, maiores ou mais pequenas, a cada mês que vai passando neste planeta, neste país, nesta ilha.

Estamos a chegar a um ponto onde já não aguentamos mais e precisamos de expressar os nossos afetos, de visitar os nossos entes queridos, de conviver. Mas, logo em seguida, vem aquele sentimento de culpa exacerbado por quem aponta o dedo e pelos mídia… “E se apanhei?… E se contagiei?” E surge o medo. E segue-se o confinamento, o teste, a espera silenciosa… A doença é mais contagiosa nos convívios e nos momentos de lazer, dizem… E as vacinas não impedem o contágio, dizem… A cada dia, uma nova notícia, uma contradição, um novo medo… e instala-se a confusão mental.

No entretanto, muitas pessoas vão morrendo, pouco a pouco, de solidão, de tristeza, de desalento. Outras, vão desesperando e acumulando dores profundas. E ainda, outras vão seguindo cada dia em modo automático, com olhares vazios perdidos num pequeno ecrã que seguram nas mãos e levam para todo o lado. Sorriem para as imagens que lá surgem, mas a tristeza nos seus olhares mostra que a alegria está algures perdida, dentro do peito, à espera de ser resgatada.

Esta pandemia é também uma pandemia de afetos. E por mais que pretendam transformar-nos em robôs, virados/as para a produtividade a todo o custo e com medo do lazer, somos Seres Humanos. Como Humanidade, precisamos encontrar uma nova forma de viver, equilibrando o presencial com a tecnologia, uma vida mais sustentável em todos os aspetos.

Que não precisemos de perder para valorizar. Que possamos novamente abraçar e beijar livremente. Que consigamos nos recuperar, também, desta pandemia dos afetos, e nos tornemos mais Humanos/as do que antes.

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